Finalistas de Wimbledon Disputam Prêmio de R$ 22,5 Milhões, Mas Impostos Podem Reduzir Valor Pela Metade
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O italiano Jannik Sinner garantiu na sexta-feira (11) sua vaga na final de Wimbledon, que será disputada no domingo (13) contra o espanhol Carlos Alcaraz. Já a americana Amanda Anisimova e a polonesa Iga Swiatek se enfrentam neste sábado na decisão feminina. Todos os finalistas estão de olho no prêmio de 3 milhões de libras (R$ 22,5 milhões, na cotação atual) do Grand Slam, mas especialistas ouvidos pela Forbes afirmam que os ganhos dos vencedores serão reduzidos quase pela metade após o pagamento dos impostos exigidos.
O Reino Unido tributa os prêmios em dinheiro de Wimbledon e também os ganhos com patrocínios relacionados aos equipamentos usados no torneio. Segundo Andreas Bosse, consultor jurídico especializado em tributação internacional baseado em Mônaco, os atletas ainda enfrentam uma retenção inicial de 20%, além de um imposto que pode chegar a 45%, após a dedução das despesas relacionadas.
O prêmio principal de Wimbledon, de 3 milhões de libras esterlinas (cerca de US$ 4,05 milhões, ou R$ 22,5 milhões), provavelmente será tributado a uma alíquota efetiva de 36,52%, disse Sean Packard, diretor tributário da OFS Wealth, consultoria de gestão patrimonial para atletas, à Forbes — o que reduziria o valor final para pelo menos R$ 14 milhões (US$ 2,5 milhões).
Já o prêmio de R$ 11 milhões (US$ 2 milhões) destinado aos vice-campeões seria reduzido em mais de R$ 3,9 milhões (US$ 700 mil), para R$ 6,6 milhões (US$ 1,2 milhão), caso fosse aplicada a mesma alíquota de 36,52%.
O valor total da premiação de Wimbledon este ano é de R$ 402 milhões (US$ 72,2 milhões), um aumento de 7% em relação ao ano anterior.
Tributos adicionais que cada atleta pode enfrentar em seu país
Os atletas ainda podem estar sujeitos a tributos extras em seus países. Nos Estados Unidos, por exemplo, há cobranças adicionais, como a taxa de autônomo e um imposto extra do Medicare, explicou Sean Packard, o que pode reduzir ainda mais os ganhos de Amanda Anisimova.
Carlos Alcaraz provavelmente enfrentará a alíquota máxima do imposto de renda na Espanha, de 47%, segundo Packard. No entanto, o tenista deve receber um crédito fiscal pelo valor pago em impostos ao Reino Unido, evitando assim uma bitributação. Mesmo assim, uma tributação combinada de pelo menos 47% reduziria seu prêmio de campeão para cerca de R$ 12 milhões (US$ 2,1 milhões). Além disso, a Espanha cobra um imposto sobre grandes fortunas, embora não esteja claro qual seria a alíquota adicional aplicada a Alcaraz.
Já Iga Swiatek deverá pagar um imposto adicional de 4% na Polônia, o que reduziria seus ganhos como campeã ou vice-campeã em aproximadamente R$ 900 mil (US$ 162 mil) ou R$ 445 mil (US$ 80 mil), respectivamente.
Por que Sinner não deve pagar mais impostos
Jannik Sinner não pagará imposto de renda adicional fora do Reino Unido porque sua residência fiscal é em Mônaco, afirmou Andreas Bosse. Outros grandes tenistas, como o sérvio Novak Djokovic (derrotado por Sinner nas semifinais de Wimbledon), o russo Daniil Medvedev, o dinamarquês Holger Rune e o grego Stefanos Tsitsipas, também vivem em Mônaco — assim como os pilotos de Fórmula 1 Max Verstappen, Lando Norris e Charles Leclerc.
Horários das finais de Wimbledon
Amanda Anisimova, que surpreendeu ao derrotar a número 1 Aryna Sabalenka nas semifinais de Wimbledon, vai enfrentar Iga Swiatek neste sábado. A partida está marcada para às 12h (horário de Brasília).
Jannik Sinner, atual número 1 do tênis masculino, enfrentará Carlos Alcaraz no domingo, no mesmo horário.
Os tenistas mais bem pagos do mundo
A Forbes classifica Carlos Alcaraz, que busca seu terceiro título consecutivo em Wimbledon, como o tenista mais bem pago do mundo, com ganhos combinados de US$ 42,3 milhões (R$ 235,6 milhões) dentro e fora das quadras.
Iga Swiatek aparece em quarto lugar, com US$ 26,7 milhões (R$ 148,7 milhões) em ganhos, seguida por Jannik Sinner, com US$ 26,6 milhões (R$ 148,2 milhões) no total.
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